Mesmo com o avanço da automação e o aumento da demanda por serviços contábeis, muitos escritórios brasileiros ainda enfrentam atrasos recorrentes em suas entregas. Um dos principais motivos, segundo levantamento da Potencialize Resultados, é a ausência de uma metodologia estruturada para gerenciar fluxos internos e projetos operacionais.
O estudo indica que até 25% da produtividade é comprometida com retrabalho e que 73% das tarefas refeitas poderiam ser evitadas com medidas simples, como checklists, dupla revisão e acompanhamento por indicadores.
De acordo com o consultor Hygor Lima, fundador da Potencialize Resultados, o problema é mais gerencial do que técnico.
“Quando não há definição clara de processos, o trabalho é feito com base na memória e na urgência. Esse improviso cobra um preço alto na forma de retrabalho, atrasos e queda na qualidade da entrega”, afirma.
“Retrabalho recorrente não é problema de pessoas, mas de sistema operacional mal desenhado”, completa o especialista.
A baixa eficiência operacional observada em escritórios contábeis reflete um cenário mais amplo. Dados do FGV IBRE mostram que, embora a produtividade do trabalho tenha voltado a crescer em 2023, ainda opera em níveis inferiores aos ideais.
De forma semelhante, o Trading Economics registrou que o índice agregado de produtividade no Brasil caiu de 97,40 pontos em maio para 95,70 pontos em junho de 2025, reforçando a necessidade de aprimorar a gestão interna em todos os setores — inclusive o contábil.
O levantamento revela que muitos contadores reconhecem gargalos, mas não mensuram o impacto real dessas falhas. Entre os fatores mais comuns estão:
Esses elementos formam o que Hygor Lima denomina de “gap invisível” — desperdícios internos não mapeados que corroem margens e aumentam o risco de atrasos, especialmente em períodos de pico fiscal.
Para enfrentar esse cenário, a Potencialize Resultados desenvolveu o Método DITA (Documentar, Implantar, Treinar e Aperfeiçoar). A metodologia propõe:
Escritórios que adotaram o modelo relataram redução de até 38% no retrabalho durante meses de alta demanda, segundo dados da consultoria. “Com um sistema estruturado, é possível aumentar a capacidade de atendimento sem dobrar a equipe”, destaca Hygor Lima.
O período entre setembro e outubro é considerado o melhor momento para implementar ajustes operacionais, antes da concentração das obrigações de fim de ano. Nesse intervalo:
“O escritório que trata suas entregas como projetos — com escopo, responsáveis e cronograma — reduz até 40% dos atrasos e dobra a capacidade de entrega sem aumentar equipe”, reforça Hygor.
Apesar dos resultados positivos, muitos escritórios ainda enfrentam dificuldades para adotar metodologias estruturadas. Entre os desafios mais recorrentes estão:
Para Hygor, o ponto de virada é tornar o gerenciamento de processos uma prioridade:
“O contador que assume o papel de gestor de projetos deixa de apagar incêndios e passa a operar com previsibilidade. Isso muda o jogo — não só para o escritório, mas também para o cliente final.”
A gestão de projetos contábeis deixou de ser uma questão de inovação e passou a ser condição essencial de sobrevivência no setor.
Com a crescente complexidade das obrigações fiscais e trabalhistas, os escritórios que investem em metodologias de gestão ganham eficiência, previsibilidade e vantagem competitiva.
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| Atualizado em: 05/11/2025 15:45 | ||
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