As mudanças climáticas deixaram de ser um tema restrito ao campo ambiental para ocupar uma posição central nas estratégias empresariais contemporâneas. O aumento das temperaturas globais, a frequência crescente de eventos extremos e as exigências regulatórias cada vez mais rigorosas provocam uma transformação profunda na forma como as empresas planejam suas atividades e gerenciam seus recursos. Nesse contexto, a gestão empresarial precisa se reinventar, incorporando práticas sustentáveis e de longo prazo que conciliem rentabilidade e responsabilidade socioambiental. Essa nova realidade faz com que a sustentabilidade deixe de ser apenas uma tendência para se firmar como uma estratégia essencial para a sobrevivência empresarial.
Nesse cenário, a atuação do contador torna-se essencial para consolidar essas práticas sustentáveis e garantir o equilíbrio entre desempenho econômico e preservação ambiental. O contador vai além do papel tradicional de registrador de fatos contábeis, tornando-se um agente central na mensuração de ativos e passivos ambientais, na elaboração de relatórios ESG e na integração da contabilidade tradicional com a contabilidade sustentável. Ele também deve monitorar normas internacionais, como os padrões IFRS S1 e IFRS S2, que estabelecem diretrizes para a divulgação de informações financeiras relacionadas à sustentabilidade e ao clima. Além das responsabilidades técnicas, o contador assume um papel consultivo para orientar os gestores sobre investimentos sustentáveis, riscos climáticos e oportunidades de melhoria nos processos produtivos.
Para as empresas, esse novo cenário representa uma oportunidade estratégica para alinhar suas práticas às metas globais de sustentabilidade e demonstrar transparência na comunicação de seus resultados socioambientais. A incorporação dos princípios de sustentabilidade, que abrangem os pilares sociais, ambientais e econômicos, deixa de ser um diferencial competitivo e passa a ser uma exigência de mercado. Investidores, consumidores e órgãos reguladores exigem relatórios cada vez mais completos, verificáveis e confiáveis, que evidenciem o compromisso real com práticas responsáveis e o desenvolvimento sustentável.
As mudanças climáticas estão, portanto, redefinindo a gestão empresarial ao exigir uma visão mais ampla e integrada dos processos internos e externos. As empresas precisam remunerar suas cadeias produtivas, priorizar fornecedores comprometidos com práticas sustentáveis, investir em inovação verde, reduzir desperdícios e incorporar indicadores ambientais em seus relatórios fiscais e financeiros. Nesse contexto, a contabilidade torna-se fundamental para mensurar e registrar com precisão os custos e benefícios das ações sustentáveis, fornecendo bases sólidas para tomadas de decisões estratégicas conscientes.
Por fim, o profissional contábil deixa de desempenhar unicamente o papel de guardião das informações financeiras para se tornar um protagonista na construção de empresas mais sustentáveis, éticas e preparadas para os desafios do futuro. Sua atuação é necessária para garantir a revisão das informações, a transparência dos relatórios e a conformidade das organizações com as metas climáticas globais. Assim, as mudanças climáticas não estão apenas mudando a forma de fazer negócios, mas também redefinindo o papel daqueles que dão suporte à gestão empresarial, consolidando a sustentabilidade como um imperativo para a sobrevivência e o sucesso organizacional.
| Compra | Venda | |
|---|---|---|
| Dólar Americano/Real Brasileiro | 5.3613 | 5.3643 |
| Euro/Real Brasileiro | 6.15006 | 6.16523 |
| Atualizado em: 05/11/2025 15:45 | ||
| 08/2025 | 09/2025 | 10/2025 | |
|---|---|---|---|
| IGP-DI | 0,20% | 0,36% | |
| IGP-M | 0,36% | 0,42% | -0,36% |
| INCC-DI | 0,52% | 0,17% | |
| INPC (IBGE) | -0,21% | 0,52% | |
| IPC (FIPE) | 0,04% | 0,65% | |
| IPC (FGV) | -0,44% | 0,65% | |
| IPCA (IBGE) | -0,11% | 0,48% | |
| IPCA-E (IBGE) | -0,14% | 0,48% | |
| IVAR (FGV) | 0,28% | 0,30% |