“Capital” é uma palavra que engana pela familiaridade. A associação imediata costuma ser financeira. Só que, na prática, o que sustenta a relevância do termo é uma figura com prismas menos conhecidos. Falo de três capitais que estruturam trajetórias consistentes ao longo do tempo: o estratégico, o reputacional e o relacional. Quando caminham juntos, eles formam o alicerce da presença, da independência e da confiança necessárias para influenciar contextos e gerar resultados.
O capital estratégico é o conhecimento aplicado. Não é acumular cursos nem colecionar conceitos. É transformar repertório em discernimento para compreender o cenário, antecipar riscos, reconhecer oportunidades e fazer as perguntas que abrem caminho. Quem desenvolve esse capital participa de conversas difíceis com profundidade e contribui para decisões melhores, porque enxerga além do óbvio e dá nome ao que ainda é tendência.
Já o capital reputacional é a coerência entre discurso e prática. Não nasce em uma reunião inspiradora. Ele é fruto de uma história inteira. A equação é simples: cada escolha, postura e entrega somam ou subtraem a nossa credibilidade. A exposição constante, global, pulverizada e instantânea da atualidade, eleva o status da reputação a blindagem moral. É ela que dá peso à narrativa, preserva a independência e sustenta a confiança quando o ambiente exige firmeza.
Em paralelo aos dois anteriores, o capital relacional é a capacidade de criar pontes. Conectar pessoas, perspectivas e interesses diferentes não é gentileza, como alguns pensam, é competência. Relações não se improvisam, são construídas com escuta, reciprocidade e, principalmente, presença. É esse capital que transforma conhecimento em influência e independência em diálogo, permitindo convergência sem abrir mão de princípios.
Há um fio que perpassa esses três tipos de capital e os torna vivos: a sensibilidade. Ela aparece no que não é dito, no silêncio que prepara a palavra certa, na leitura do tempo e do outro. Sem sensibilidade, o capital estratégico vira arrogância, o reputacional vira imagem ilusória e o relacional vira conveniência. Com sensibilidade, técnica encontra contexto, história encontra propósito e rede encontra significado. O desafio é equilibrar independência e presença. Independência para sustentar convicções sem ceder a atalhos. Presença para compreender o que o momento pede e ajustar a entrega sem diluir princípios.
Por isso, proponho que você reflita: como, de fato, está o seu capital? Como está a sua capacidade de transformar conhecimento em discernimento, reputação em confiança e relacionamento em resultado? Acredite, é assim que trajetórias se sustentam e deixam legado.
Compra | Venda | |
---|---|---|
Dólar Americano/Real Brasileiro | 5.4028 | 5.4058 |
Euro/Real Brasileiro | 6.26959 | 6.28536 |
Atualizado em: 22/10/2025 19:13 |
07/2025 | 08/2025 | 09/2025 | |
---|---|---|---|
IGP-DI | -0,07% | 0,20% | 0,36% |
IGP-M | -0,77% | 0,36% | 0,42% |
INCC-DI | 0,91% | 0,52% | 0,17% |
INPC (IBGE) | 0,21% | -0,21% | 0,52% |
IPC (FIPE) | 0,28% | 0,04% | 0,65% |
IPC (FGV) | 0,37% | -0,44% | 0,65% |
IPCA (IBGE) | 0,26% | -0,11% | 0,48% |
IPCA-E (IBGE) | 0,33% | -0,14% | 0,48% |
IVAR (FGV) | 0,06% | 0,28% | 0,30% |