O dólar fechou em queda ante o real nesta terça-feira, acompanhando outros mercados de câmbio e a trégua no avanço dos rendimentos dos títulos dos Estados Unidos, cuja escalada nas últimas semanas vem alimentando expectativas de menor fluxo para mercados emergentes.
A moeda norte-americana caiu 1,08 por cento, a 3,0195 reais na venda, após atingir R$ 3,078 na máxima e R$ 3,0125 na mínima do dia. Na segunda-feira, a divisa subiu 2,31%, atraindo vendedores nesta sessão.
Segundo dados da BM&FBovespa, o giro financeiro ficou em torno de US$ 1,2 bilhão.
"O dia começou mais negativo, mas houve um alívio global à tarde. O real acabou acompanhando e foi beneficiado pelo fato de que o movimento de ontem foi muito expressivo", resumiu o superintendente de câmbio de uma gestora de recursos nacional, que pediu para não ser identificado.
Os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA e da Alemanha têm recuado com força nas últimas semanas, movimento que pode atrair para essas economias recursos aplicados em economias emergentes.
Nesta manhã, o rendimento do papel norte-americano de 10 anos chegou a subir a 2,36%, máxima em seis meses, mas reduziu os ganhos e passou a cair durante a tarde.
Operadores consultados pela Reuters têm afirmado que o dólar tende a se estabilizar nas próximas semanas por volta do patamar atual, pouco acima de R$ 3 .
De um lado, a menor intervenção do Banco Central --que deve rolar apenas parcialmente os swaps cambiais que vencem em junho-- tende a limitar o espaço para baixas. Do outro, investidores vêm apostando que o Federal Reserve deve elevar os juros norte-americanos apenas no segundo semestre, o que traz algum alívio para o mercado interno.
Nesta manhã, a autoridade monetária vendeu a oferta total de swaps para rolagem dos contratos que vencem em junho. O BC já rolou o equivalente a US$ 2,756 bilhões, ou cerca de 29% do lote total, que corresponde a US$ 9,656 bilhões.
"A volatilidade ainda está alta, mas parece que esse nível é mais ou menos equilibrado", disse o superintendente de câmbio da corretora TOV, Reginaldo Siaca.
Na cena externa, preocupações com o aperto de liquidez pelo qual passa a Grécia sustentavam o clima de apreensão, mesmo após o país anunciar que pagou a parcela de 750 milhões de euros ao Fundo Monetário Internacional (FMI) que venceu nesta terça-feira. No entanto, a ausência de progresso claro nas negociações deixava os mercados preocupados com a possibilidade de Atenas eventualmente esgotar seus recursos e declarar default.
Compra | Venda | |
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Dólar Americano/Real Brasileiro | 5.3218 | 5.3248 |
Euro/Real Brasileiro | 6.2461 | 6.26174 |
Atualizado em: 02/10/2025 09:39 |
07/2025 | 08/2025 | 09/2025 | |
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IGP-DI | -0,07% | 0,20% | |
IGP-M | -0,77% | 0,36% | 0,42% |
INCC-DI | 0,91% | 0,52% | |
INPC (IBGE) | 0,21% | -0,21% | |
IPC (FIPE) | 0,28% | 0,04% | |
IPC (FGV) | 0,37% | -0,44% | |
IPCA (IBGE) | 0,26% | -0,11% | |
IPCA-E (IBGE) | 0,33% | -0,14% | 0,48% |
IVAR (FGV) | 0,06% | 0,28% |