Temas como a sucessão na liderança da empresa e do patrimônio familiar estão entre os mais delicados e de difícil condução para os envolvidos em um negócio de família. Muitas vezes resultam em insatisfações e discussões permanentes, podendo levar até mesmo à dissolução de um negócio bem sucedido por muitos anos.
É complexo separar as relações pessoais das profissionais quando estão envolvidos membros de uma mesma família. Não é algo opcional. O parentesco entre as partes não é garantia de haver compatibilidade no trabalho, nem como sócios, nem como chefe e subordinado.
“Minha experiência na condução desse tipo de transição mostra que não é possível iniciar o processo se o líder atual não aceita que, a partir de um determinado momento, sua principal missão é preparar a sucessão”, diz o advogado especializado em Direito Empresarial, Angelo Antonio Picolo.
O especialista acredita ser imprescindível reconhecer alguns aspectos sem os quais a sucessão não pode ser desenvolvida com êxito. “Não se trata de mudar uma pessoa por outra. É um processo onde intervêm o sucessor, o sucedido, a empresa e os seus gestores, bem como a família”, explica.
Com o passar do tempo as famílias e as empresas tornam-se mais complexas devido ao aumento do número de pessoas e, consequentemente, do tamanho do negócio. “A chave para o êxito na continuidade está em como a família irá gerir essa complexidade. Com base na experiência de famílias que superaram a terceira geração, a gestão da continuidade foi realizada por meio de um sonho comum, um projeto empresarial de futuro consensual e partilhado”, relata Picolo.
Como preparar a sucessão? Quando ela deve ser iniciada?
Segundo Angelo Picolo, uma nova liderança não surge por decreto; portanto, deve-se prepará-la paulatinamente ao longo do tempo. O apoio da família e o envolvimento no processo do sucessor e do sucedido são fundamentais. “O momento ideal para dar início a esse processo é quando o líder aceita que a principal missão dele é preparar o processo sucessório, quando ele estiver pronto para trocar o papel de ator pelo de tutor do sucessor e também da geração seguinte, que deve oferecer apoio incondicional ao escolhido”, decreta.
Para finalizar, o especialista faz um alerta: “uma empresa pode sucumbir devido a imprevistos que todos nós estamos sujeitos: como a morte do líder, o surgimento de um desequilíbrio conjuntural ou os efeitos perversos de uma separação conjugal. Por isso, há que se cuidar do futuro e da capacidade de crescer e de sobreviver da empresa familiar, mantendo sua capacidade de empreender, inovar e abrir caminhos”.
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Atualizado em: 03/10/2025 15:19 |
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